Concurso

5º Concurso História e Significado - Categoria Livre

Voltar para Premiações
Este é sem dúvida meu concurso favorito. É delicioso ler as histórias, ser tocado por elas. Este é um concurso onde os números dos relatórios não dizem muita coisa. Seria preciso ler cada palavra junto comigo, para que vocês entendessem as notas e as escolhas. Vejo esse concurso como uma oportunidade dos fotógrafos desenvolverem melhor uma outra forma de arte: a escrita. É possível, tal como na fotografia, tocar, emocionar, guardar momentos, contar histórias, através do texto. Juntar a fotografia e a escrita é uma combinação poderosa. Parabéns a todos os ganhadores! Vocês foram capazes de tocar o nosso coração com esta dança entre texto + fotografia.
Avatar do fotógrafo Adriana Carolina Iwanczuk

Fotógrafo

Adriana Carolina Iwanczuk

Argentina

Foto capturada por @dricarolina
FINALMENTE MÉDICA. Em Buenos Aires, quando alguém de forma na faculdade, na última prova, os amigos e a família esperam por esse recém formado para fazer a RECEBIDA!! A RECEBIDA consiste em deixar o formando tão sujo de tintas a fim de comemorar a conquista. É um ritual muito antigo que se perpetu ao longo dos 200 anos em que a Universidade de Buenos Aires existe. Imaginem que temos 40 mil alunos brasileiros lutando pelo sonho de ser médicos na Argentina. Pessoas que deixam o Brasil e suas famílias em busca de uma oportunidade que muitas vezes é impossível no nossos país. Cada vez que fotografo uma 'RECEBIDA" de médico brasileiro na Argentina sinto meu coração pulsar e me enche de orgulho pensar em toda a trajetória desse imigrante que venceu. O meu povo me emociona. E nesse momento, honro minhas duas pátrias. Brasil e Argentinas juntos pelos benefício da humanidade! Sem contar que é um momento divertido pra todos porque é um respiro depois de anos de esforços e sacrifícios! VIVA OS MÉDICOS!!
Avatar do fotógrafo Eduardo Neri

Fotógrafo

Eduardo Neri

Paraná | Brazil

Foto capturada por @eduardoneri
A fotografia é algo incrível que faz a história acontecer diante de nossos olhos registrando todos os acontecimentos, as emoções, os risos, as lágrimas. Como fotógrafo, colocamos todos como parte da história de quem nos contratou. Entretanto, nós que registramos tudo isso, muitas vezes somos invisíveis e deixamos de estar nesse capítulo tão importante por justamente estarmos preocupados em eternizar tudo e a todos com maestria. Mas, somos realmente parte da história? Ou apenas somos escritores, pintores, enfim, simplesmente contamos a história em imagens? Essa imagem, qdo a fiz, foi justamente para fazer parte da história enquanto contada e através de um reflexo que nos diz o quanto o resultado do nosso trabalho através de nossas imagens podem mostrar nossas angústias, dores, alegrias, medos, ou nada mais do que nossa forma de ver a vida.
Avatar do fotógrafo Graziela Medeiros

Fotógrafo

Graziela Medeiros

São Paulo | Brazil

Foto capturada por @grazielamedeiros
Quem sou eu? Esta imagem foi a forma com que eu consegui ilustrar minhas raízes, minha base. Estas mãos retratam minha árvore da vida: eu, minha mãe e meus tios que me criaram.
Avatar do fotógrafo Jader Morais

Fotógrafo

Jader Morais

São Paulo | Brazil

Foto capturada por @jadermorais
Eu acredito que quando desejamos algo para nossas vidas, esse algo acontece no momento certo que tem que acontecer. Essa imagem representa um momento de uma festa de casamento e eu estava ali, trabalhando com dores no corpo, exausto por saber que eu estava com mais uma pedra no meu rim. Não desejo essa dor a ninguém, é horrível. E por alguns minutos, me sentei ao chão quase chorando de dor e tentando de todo jeito para que ninguém percebesse que eu estava ali, passando mal, fiquei com a câmera nos meus olhos "fingindo" que estava fotografando. Ao mesmo tempo, essa menina corria de um lado para o outro com uma energia incontrolável. Nesse momento, pedi a Deus para que aliviasse a minha dor e desejei um momento inédito naquele momento para eu continuar fazendo o meu trabalho de maneira singular. Foi quando de repente, essa menina saltou e consegui pegar esse instante. Vibrei tanto naquela hora, que por alguns segundos, esqueci da forte dor que eu estava sentindo. Me levantei e terminei de fotografar o casamento com essa imagem sendo uma das últimas fotos daquele dia. Cheguei em casa e com muito sacrifício, consegui expelir o cálculo (pedra) renal pela urina. Chorei de alívio e felicidade! Toda vez que vejo essa imagem, penso que Deus sempre está conosco nos momentos mais difíceis e que Ele é capaz de aliviar a nossa dor no mesmo instante que desejamos isso.
Avatar do fotógrafo Pati Cruz

Fotógrafo

Pati Cruz

Rio Grande do Sul | Brazil

Foto capturada por @patriciacruz
Tive uma bisavó que viveu até os meus 19 anos, então tenho muitas lembranças dela. A vó Amália tinha os olhos azuis profundos, o cabelo curtinho todo branquinho da idade, a pele bem enrugadinha e a imagem que tenho dela é sempre com um sorriso simpático no rosto. Ela morava no interior do RS, em Chapada, e costumávamos visitá-la uma ou duas vezes por ano. Uma das lembranças mais marcantes que tenho dela, é ela brincando comigo e com os meus irmãos, quando eu tinha uns 8 anos. Era tipo um pega-pega, dentro de casa. A casa dela tinha entrada pela cozinha e pela sala, de forma que era possível da cozinha ir para o corredor, entrar na sala, sair para a rua, e entrar na cozinha de novo. Essa arquitetura possibilitava uma dinâmica muito divertida na brincadeira de pega-pega, pois conseguíamos andar em círculos, entrando e saindo da casa. Nós provocávamos ela, até ela levantar e vir correndo atrás da gente, então fugíamos para todos os lados, sem saber ao certo para qual lado ela iria. Fotografamos quem somos. Quando fotografei a festa do Bernardo, me chamou muita atenção o bisavô que ficou a festa toda na volta dos bisnetos, brincando e interagindo com eles. Me vi ali, criança, com a minha bisavó. A festa era do Bernardo, e as fotos também serão para ele. Que alegria poder deixar essa lembrança desse bisa brincalhão.
Avatar do fotógrafo Robson Luz

Fotógrafo

Robson Luz

Rio de Janeiro | Brazil

Foto capturada por @robsonluz
Seu Francisco ainda não tinha visto a Gabi vestida de Noiva. A intenção dela é que a primeira vista fosse na porta da Igreja. E assim foi. Ao vê-la já dentro do carro, Seu Francisco não conteve a emoção. Se derramou em lágrimas, pois sua caçula estava pronta para ser levada ao seu grande amor.
Avatar do fotógrafo Tahis Carvalho

Fotógrafo

Tahis Carvalho

São Paulo | Brazil

Foto capturada por @tahiscarvalho
Sabe aquela foto que toda mamãe tem do filho que acabou de nascer? Aquela que estão te apresentando o seu filhotinho pra ambos se sentirem e saber que tudo correu bem??? Eu não tive com o Tony. Minha gestação foi de risco, principalmente nos últimos 40 dias.... tive a notícia de uma cesária de urgência uma hora antes da cirurgia... foi tudo muito rápido, mesmo eu estando internada há 9 dias. Mesmo assim... quando ele nasceu, eu imaginei que eu fosse sentir o cheirinho dele como eu senti do meu filho mais velho. Mas não... ele não estava preparado para chegar. Ele também foi pego de surpresa. Então ele não tinha forças para chorar nem para respirar. Aquele momento de conhecer o meu filhinho não aconteceu. Só escutei meu marido perguntando pra equipe: "está tudo bem?"... e ele olhou pra mim e confirmou: está tudo bem. Mas não conheci meu bebezinho. Levaram ele pra UTI e eu fui pra sala de recuperação. Não fiquei com medo, pois o meu medo maior era perdê-lo dentro de mim, já que as condições da minha gestação não eram as melhores. Só dele ter nascido, mesmo que muito antes do prazo, já era motivo de comemorar. Tentei vê-lo mais a noite, mas sendo uma paciente pós cirúrgica não tive tantas condições físicas. Desde então a minha condição mudou: de mamãe de recém nascido passei a ser uma MAMÃE DE UTI. Sai completamente de qualquer planejamento. Tinha acesso livre a ele, mas nosso "corpo a corpo" não tinha acontecido... foram 5 dias vendo-o dentro da incubadora, cheio de fiozinhos, canos, esparadrapos, eletrodos. Chegava ser agoniante ver seu filho indefeso assim e não poder fazer nada. E um dia, enquanto eu "acarinhava" a barriguinha dele, enquanto eu segurava a sua mãozinha coberta com uma luvinha da própria UTI, a enfermeira me surpreende com uma pergunta: " quer segurar ele?". ÓBVIO que sim. Fui então me trocar. E quando ela colocou meu "rebento" no meu colo, pele com pele, eu pensei que fosse amar. Mas foi muito, mas muito mais que isso. Foi indescritível. Chorei feito criança.